O meu legado pra Maria 🌟

Nossa, vai fazer um mês que eu não passo por aqui... Pois é, toda vez eu vou ficar repetindo o quanto eu não venho mais aqui, o quanto faz tempo que eu não posto e blábláblá 😓

Diante de qualquer efeito, parei. No próximo post não lamentarei (vou tentar, juro). 
O fato é que 1.) eu tenho 21 anos, 2.) para a maioria das pessoas eu não vi nada do mundo e 3.) eu sou uma mãe de outra geração. A geração que faz milhões de coisas ao mesmo tempo e não se concentra em nenhuma delas, a geração que fica nas redes sociais enquanto faz algo, que tira milhões de fotos do filho, a geração de mamães que tira em um dia o tanto de fotos que tem guardado em caixas durante toda a vida. Sim, minha filha é um figurinha pública, posto fotos dela o tempo todo, se estou certa ou errada? Faço o que bem entendo, gosto de compartilhar fotos da minha belezinha, é maneiro. O mesmo falo do blog, querendo ou não, estou publicando partes da minha vida, não todas elas, mas partes importantes.

Bom, fico triste um pouco porque o mundo que vivi quando pequena há uns 15 anos atrás era bem diferente (imagina para quem é mais velho que eu). Lá em casa, lembro de brincar bastante com brinquedos que aparentemente não faziam nada, brinquei muito com legos, e não do jeito que eu vejo hoje, eram bloquinhos e você fazia sua historia, não era lego Star Wars, lego Barbie, era simplesmente lego. Eu vi as mudanças realmente acontecendo. A internet chegando, os computadores se dissipando. Desde a primeira série eu tenho contato com o computador, não do jeito que é hoje, não tinha internet, a gente jogava uns joguinhos educativos ou fazia algumas coisas no paint, era isso que eu fazia no computador de casa. Eu vi as fitas de vídeo cassete saindo das prateleiras da locadora e dando lugar aos DVDs. Lá em casa, meu pai chegou a alugar muitas vezes a mesma fita pra gente assistir - Hércules, da Disney - as opções não eram muitas e eu e meu irmão aproveitávamos muito bem delas. E não to pagando de "no meu tempo...", é que as coisas mudaram muito em pouco tempo. Não quero que a Maria cresça sem saber o que é brincar de amarelinha, como é gostoso brincar de boneca, como é divertido jogar joguinhos de tabuleiro, quebra-cabeça (não no computador), jogo da memória, entende o que eu digo? 

Lembro que foi meu pai que ensinou eu e o Lucas a jogar taco de rua e eu nunca vou esquecer disso. Quem me apresentou o War, Banco Imobiliário, Quebra-cabeças, foram meus pais também. Quem me apresentou a leitura e comprou o meu primeiro livro (que não fosse didático) foram meus pais - inclusive foi Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, eu estava na quinta série. Então, acho que as crianças de hoje são muito tecnológicas porque é mais fácil para um pai dar um tablet na mão da criança e deixar ela se virar. Ensinar uma brincadeira nova custa tempo, e você ainda tem que ter mais tempo pra brincar depois daquela brincadeira, certo? A que ponto chegamos.

Li em algum lugar que o maior presente que você pode dar pra alguém é seu tempo, dando seu tempo você está dando uma parte da sua vida que você nunca vai ter de volta. Meu tempo é  o melhor que posso dar a Maria, ensinar que a tecnologia é muito maneira, mas que ler, brincar e interagir com o mundo real é muito melhor!


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